sexta-feira, 15 de abril de 2005

 

O Regresso


Depois de estar de papo para o ar durante uma semana de que já só restam boas recordações (já que as más se desvanecerão no tempo logo que, assim queiram, todos percorram a sua parte do caminho), lá chegou a hora do regresso.

O Brasil é, de facto, uma terra extraordinária.
Enganam-se aqueles que encaixam o Brasil no estereótipo do país do terceiro mundo, atrasado retrógrado e que vive da exportação de meia dúzia de toneladas de bananas.
O Brasil é uma autêntica potência mundial e a sua modernização e desenvolvimento constituem um esforço colectivo que parece motivar todo aquele povo.
Contudo, são extraordinariamente chocantes as enormes desigualdades sociais que trazem consigo a factura da criminalidade, por vezes de fama exagerada, e que pessoalmente não senti.
À excepção, claro, de a zona onde estive ter ficado sem telefone da rede fixa porque alguém roubou os fios para aproveitar o cobre.

Os brasileiros são um povo extremamente religioso (enfim, ninguém é perfeito...) e são gente patriota, crítica atenta e muito orgulhosa, principalmente da sua música popular de extraordinária e fabulosa riqueza.
Só encontrei cuidado e competência em todas as tarefas que encontrei ou contratei. A célebre frase «o doutor pode deixar, que eu vou providenciar», tanto nos traz uma caipirinha saborosíssima como uma competente organização de aproveitamento turístico.
Temos mesmo muito que aprender com os brasileiros.

Foi isso mesmo que senti à chegada a Lisboa quando às 5 da manhã me obrigaram a esperar quase meia hora em pé numa escada de avião, com um frio de rachar, que chegasse o autocarro de acesso à gare do aeroporto e que uma besta qualquer da Air Luxor pelos vistos se esqueceu de... «providenciar».



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