segunda-feira, 16 de maio de 2005

 

Uma História Deliciosa


Não há dúvida que o melhor que se pode fazer a um fanático, principalmente se for um fanático religioso, é dar-lhe a provar do seu próprio veneno.

Vem isto a propósito de uma história que comecei a seguir a partir do «Oeste Bravio» (e que depois me conduziu a uma outra) que se passa nos Estados Unidos, país onde a demência religiosa e fanática tomou já conta da rádio e da televisão e até do próprio aparelho do Estado.

Como nos conta o Filipe Castro no «Oeste Bravio», é nos Estados Unidos que o reverendo Pat Robertson diz aos telespectadores para se abraçarem à televisão (e, claro, mandarem um cheque) para receberem a “graça de “deus”.

E que o reverendo Falwell, avisa os pais e mães americanos contra uma conspiração tenebrosa da BBC: o Tinky Winky dos teletubbies é gay!

Não lhes fica atrás a tresloucada Ann Coulter, que acha que os EUA deviam invadir os países muçulmanos e obrigá-los a converterem-se ao cristianismo…
Foi precisamente esta Ann Coulter, que acusa os «liberais» de destruírem a civilização ocidental, que deu recentemente uma conferência em Austin, no Texas.
«Ann Coulter é extremamente agressiva e tem uma cara a que os franceses chamam “tête à claques”.
«Rapidamente o sistema em vigor, em que uma pessoa tem direito a fazer uma pergunta e depois tem de se ir sentar enquanto a megera berra os insultos que lhe apetecer, gerou um clima de intimidação e respeitinho na sala.
«Um dos alunos, um “republicano moderado”, acabou por se ir sentar a chorar com uma resposta de Ann Coulter. Mas o aluno que estava a seguir na fila das perguntas não se deixou intimidar e começou a pensar se faria sentido fazer uma pergunta séria a uma doida varrida, a uma taliban desvairada e violenta…

Vai daí, perguntou-lhe o aluno:
- You say that you believe in the sanctity of marriage. How do you feel about marriages where the man does nothing but fuck his wife up the ass?

Toda esta história, bem como todos os acontecimentos que se lhe sucederam, está aqui muito melhor contada pelo próprio.
O estudante acabou por ser preso pela polícia, foi algemado e conduzido à prisão, onde ficou detido algumas horas.

Mas, ao que parece, a senhora não lhe conseguiu responder...

A segunda história é contada pelo «New York Post» e é passada com o juiz do Supremo Tribunal dos Estados Unidos Antonin Scalia, durante uma conferência numa Universidade de Nova York.
Antonin Scalia ficou conhecido pelas suas posições radicalmente homofóbicas, principalmente num processo em que a sua intervenção veio permitir a interpretação de uma lei do Estado do Texas no sentido da proibição pura e simples das relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo.
Durante a conferência, um estudante homossexual perguntou ao juiz qual era afinal o interesse do Governo em promover e implementar leis contra a sodomia consensual.
Mas foi perante a estupefacção geral que o estudante perguntou ao juiz, que por acaso até tinha a mulher ao seu lado:
- O Senhor sodomiza a sua mulher?

Ao que parece o juiz retorquiu-lhe que se tratava de uma pergunta que não era digna de uma resposta.

Ao contrário, pela preocupação que o juiz devota ao tema, a mim parece-me mais uma maneira habilidosa e mesmo muito suspeita de fugir à pergunta...



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